Abro o espaço para escrever sobre algo lamentável que está acontendo aí no Brasil. Segundo informações da minha amiga e colaboradora Vanessa Vendramini, os nossos colegas bolsistas de pós-doutorado Capes/Reuni estão com quase 3 meses de salário atrasado! Vanessa, que é cientista e bolsista do programa pela Unifesp, não recebe pagamento desde de 28 de dezembro. Como se não bastasse esse atraso inadmissível, a Capes não se pronuncia sobre o problema, deixando todos os bolsistas numa situação de desamparo e desespero. É importante lembrar que esses pós-doutorandos assinam um contrato de dedicação exclusiva, tendo a bolsa como única fonte de renda.
Eu fui bolsista Capes no mestrado, doutorado e também no começo do meu pós-doutorado e sei muito bem que o sistema está longe da perfeição, mas confesso que não esperava mais receber esse tipo de notícia. Assim que cheguei aqui na UNC, pude perceber a enorme diferença com a qual os pós-doutorandos são tratados nos Estados Unidos em relação ao Brasil. Para se ter uma idéia, nossa categoria é reconhecida como parte do corpo técnico da universidade, com posição temporária. Recebemos salário e pagamos impostos como qualquer trabalhador. Temos seguro saúde garantido por lei e a universidade tem um escritório que trata exclusivamente de assuntos relacionados aos Pós-docs, inclusive dando apoio jurídico quando necessário. Uma pós-doutoranda que engravida tem direito à licensa maternidade remunerada. Sonhos ainda tão distantes em nossas universidades…
O Brasil é o 13o maior produtor de ciência do mundo e nossa sociedade não pode mais permitir que seus cientistas, principalmente os recém-doutores por estarem na fase mais crítica de suas carreiras, passem por situações vexatórias como essa. Somos parte da mão-de-obra mais qualificada do país, poxa! Não é a toa que vários colegas com vocação e potencial para a ciência acabam abandonando a carreira e partem em busca de novos ares profissionais. Pelos mesmos motivos, a fuga de cérebros ainda é tão comum no Brasil.
Eu fui bolsista Capes no mestrado, doutorado e também no começo do meu pós-doutorado e sei muito bem que o sistema está longe da perfeição, mas confesso que não esperava mais receber esse tipo de notícia. Assim que cheguei aqui na UNC, pude perceber a enorme diferença com a qual os pós-doutorandos são tratados nos Estados Unidos em relação ao Brasil. Para se ter uma idéia, nossa categoria é reconhecida como parte do corpo técnico da universidade, com posição temporária. Recebemos salário e pagamos impostos como qualquer trabalhador. Temos seguro saúde garantido por lei e a universidade tem um escritório que trata exclusivamente de assuntos relacionados aos Pós-docs, inclusive dando apoio jurídico quando necessário. Uma pós-doutoranda que engravida tem direito à licensa maternidade remunerada. Sonhos ainda tão distantes em nossas universidades…
O Brasil é o 13o maior produtor de ciência do mundo e nossa sociedade não pode mais permitir que seus cientistas, principalmente os recém-doutores por estarem na fase mais crítica de suas carreiras, passem por situações vexatórias como essa. Somos parte da mão-de-obra mais qualificada do país, poxa! Não é a toa que vários colegas com vocação e potencial para a ciência acabam abandonando a carreira e partem em busca de novos ares profissionais. Pelos mesmos motivos, a fuga de cérebros ainda é tão comum no Brasil.
O silêncio da Capes em relação a esse assunto é gravíssimo. Nessas horas, uma declaração do presidente da instituição, esclarecendo o assunto e deixando claro que tudo está sendo feito para normalizar a situação seria no mínimo consolador. Poderia até ser uma carta publicada no site da Capes, qualquer coisa! Pelo menos teríamos a sensação de que a Capes está sensível ao caso. Mas me parece que sensibilidade e respeito aos que produzem conhecimento no nosso país ainda não fazem parte do dicionário daqueles que determinam os rumos da políticos do nosso país. Precisamos nos unir, arregaçar as mangas e lutar pela dignidade da nossa categoria. Suamos muito na bancada e merecemos tratamento justo.
Gostaria de tornar pública minha solidariedade e apoio à Vanessa e aos demais pós-doutorandos Capes/Reuni. De longe, eu torço para que tudo se resolva o mais rápido possível.
Gostaria de tornar pública minha solidariedade e apoio à Vanessa e aos demais pós-doutorandos Capes/Reuni. De longe, eu torço para que tudo se resolva o mais rápido possível.
Pois é, lindo, não tem como não elogiar os States! O cidadão É respeitado e as coisas realmente funcionam aí. Uma pena que nosso país não consiga seguir os bons exemplos... Eu também estou na torcida!
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